sexta-feira, 22 de julho de 2011

Jum Nakao conta porque fez o desfile Roupas de Papel

 
“Não queria deixar as passarelas, queria transformar o mundo, é diferente”
 
No dia 17 de junho de 2004, o famoso e bem conceituado Jum Nakao fez, na São Paulo Fashion Week, aquele que seria seu último desfile. Conhecido internacionalmente como Roupas de Papel, foi considerado o melhor do século. Após muito segredo e 182 dias de intenso trabalho, as modelos entraram na passarela exibindo vestidos, saias e adornos inspiradas na moda do século 19, todas estilizadas como playmobils. A imagem era a fusão entre a tradição e a industrialização dos bonecos de plásticos, feitos em série.
Na entrada final, a coletiva, as modelos se posicionaram diante do público de 1.200 pessoas, encantado com a beleza das roupas em papel brocado. De repente, a trilha sonora intensifica como se uma revolução acontecesse na passarela. Com toda dor que um fim pode ter, elas começaram a rasgar as peças confeccionadas como obras de arte, agora diante de um público estarrecido, surpreso, boquiaberto, perplexo… O momento era um marco na história da moda no Brasil, mas, principalmente, um resposta de Nakao ao consumismo avassalador do mundo atual.
A agonia do artista começou seis meses antes, ainda no camarim do desfile da edição anterior da SPFW. “Existia a sensação de missão cumprida. Logo depois desse desfile, eu e a minha equipe entramos no momento de busca de inspiração, de referências”, conta  o estilista.
A história é tão significativa que foi registrada em DVD e livro. Longe das passarelas desde 2004, Nakao viaja expondo essa experiência para plateias de várias partes do mundo. Também assina figurinos, dedica-se às artes plásticas e à vida acadêmica, cuidando da formação de novos estilistas, mas avisa: “Não queria deixar as passarelas; queria transformar o mundo, é diferente”. Não nega que pode voltar a apresentar coleções, porém, ressalta que essa não deve ser a única forma de expressão de um criador.

Objeto de estudo – Ao ver as cenas das modelos destruindo as roupas de papel, logo se pensa no desapego que Nakao precisou exercitar para ver a obra acabando ali na passarela. Ele, no entanto, afirma que não teve esse tipo de sentimento. Não tinha apego às peças, mas ao contexto, ao objetivo de provocar um questionamento, de despertar nas pessoas – sobretudo de criadores de moda – a preocupação de construir um conceito, conteúdo. Isso ele conseguiu. O episódio é ainda hoje citado em salas de aula e tema para os estudiosos da moda. “Não podemos perder a capacidade de nos surpreedermos com o impossível e o invisivel”, diz.
Após o ato, o estilista teve alguns retornos que comprovaram que aquele acontecimento tinha cumprido seu propósito. Logo depois do desfile, as pessoas pegaram pequenos pedaços do papel para levar como lembrança do momento. Já na saída do prédio da Bienal, onde acontece a SPFW, uma mulher simples que limpava os corredores e havia assistido ao desfile pelo telão, afirmou: “Você quis dizer que o que importa não é o que as pessoas vestem, mas o que está por dentro, o invisível”. Assim, foi ela quem ajudou a denominar o projeto, hoje, divulgado como A Costura do Invisível.
Por que Jum Nakao fez tudo isso? “Porque achei que tinha de ser feito. Tinha de fazer algo para expor a minha indignação sobre valores. O papel é o lugar do esbouço, parte do processo criativo, é matéria efêmera, rasga, amarela, e sensível à ação do tempo. Em uma folha de papel, podemos ter palavras que transformam a vida e, ao mesmo tempo, uma folha em branco está pronta para ser preenchida de significados”. Para suscitar todas essas coisas no público em apenas sete minutos (duração do desfile), havia mesmo de ser algo forte, transformador e impactante. E foi.

Custos – Mais difícil do que a plateia entender o significado disso, foi conquistar patrocinadores. Empresas de celulose foram procuradas pelo estilista, que só teve respostas negativas. Mas o projeto achou seus parceiros, um deles o Senac. A compra do papel também não foi fácil. Empresas brasileiras negaram-se a vender a quantidade necessária para o projeto (meia tonelada), que acabou exportada de uma empresa de Londres e trabalhada nos relevos e brocados no Rio Grande do Sul. Se o trabalho fosse feito manualmente, seriam necessários dois anos para chegar ao fim. Ainda assim, a coleção consumiu 700 horas de trabalho da equipe.
Tudo era muito suntuoso. Uma saia de tão armada e grande não passou na porta do camarim e uma parede precisou ser derrubada para que a peça entrasse no espaço. Do atelier para a Bienal, as roupas foram todas transportadas,  de madrugada, em um caminhão baú. Tamanho era o segredo em torno de tudo isso, que nem mesmo as modelos sabiam que usariam no desfile roupas de papel e só na hora de entrar na passarela souberam, enfim, que rasgariam as roupas ao final.
“O release para a imprensa foi uma conspiração, só falava em um tecido tecnológico, mas não que era papel. Para que a ideia fosse aceita, contei a Paulo Borges, mas ninguém sabia o que ia ser. Eu não queria que as modelos soubessem que rasgariam a roupa para que esse ato não fosse banalizado; para que elas fizessem com toda dor”, conta.

Arte em Barbie

Está previsto para o mês que vem (agosto de 2011) o início das vendas no Brasil das bonecas Barbie que trazem referências a obras de arte de grandes mestres da pintura: Leonardo da Vinci, Gustav Klimt e Vincent Van Gogh. A de Leonardo, como não poderia deixar de ser, retrata a famosa Mona Lisa (Gioconda). Sua face resulta da fusão dos rostos da famosa modelo com o da tradicional boneca. Cada boneca foi cuidadosamente projetada com base no estilo dos artistas e sua época: rostos, figurino e acessórios. Até a de Van Gogh, que não se baseia em nenhuma modelo, teve seu penteado inspirado no céu da obra Noite Estrelada. Veja os detalhes nas fotos abaixo.Eu quero uma, !!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

o que eu aprendi na aula de hoje foi....

Ah, o amor esta no ar… E junto com ele há mais de 1 milhão de tipos de bactérias e outros parasitas, então tome cuidado!

A vida é muito curta pra ficar removendo pendrive com segurança
 
Saudades de quando a minha maior preocupação era se o Goku ia conseguir juntar as esferas do dragão pra salvar o mundo...
 
Minha memória fotográfica é tão ruim, que acho que é uma Tekpix
 
Um elefante incomoda muita gente, mas uma pessoa atrás de você no computador incomoda muito mais

Falar mal de mim é fácil, difícil é escrever Arnold Schwarzenegger sem pesquisar no Google
 
Sou o tipo de pessoa que come toda a pipoca enquanto ainda estão passando os trailers
 
Você acha que eu sou honesto até me ver dividindo uma caixa de bombons
 
Feliz é porco, que mesmo depois de morto, sempre está de bacon a vida!
 
Quem nunca jogou o jogo da cobrinha no celular numa sala de espera, não sabe o que é não ter nada pra fazer
 
Se a minha vida dependesse de acertar a entrada da porta USB de primeira, eu estava perdido
 
Ontem passei o dia inteirinho com um nó na garganta. Maldito cachecol!
 
Tenho bipolaridade na hora de tomar banho. Morro de preguiça de entrar, e depois que entro não quero mais sair
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